relato do dia 12/02. Viel Spaß!
— >8 corte aqui 8< —
sábado. sol. rodovia. você que anda me acompanhando já deve prever em que essa combinação se traduz: pedal, claro. prato do dia: Der Mann aus Metall, vulgarmente conhecido como HL (homem de lata).
o “homem de lata” é uma escultura de metal gigante na entrada de mogi das cruzes. ela é (mais) uma homenagem às bandeiras. sinceramente acho que se puséssemos a mão na consciência, pararíamos de homenagear pilhantes e que tais. (admito porém, que a escultura é bem “fotogênica”, e com esse céu então…)
a despeito da digressão… o roteiro é desafiador, não pela ausência de tristezas e alegrias, mas pelo fato de que é possível cumpri-lo em pouco tempo. consequência inevitável: carnificina e mortandade! HELL YEAH! (vai dizer que você, ciclista, não gosta do estrago? quanto pior melhor! 👹 e antevejo alguém me chamando de biruta. huahuah!)
puxar um pelotão, quando a velocidade é razoavelmente alta, se transforma em um constante diálogo mental. “pra quê?” é desagradável, sempre foi e sempre será. e não sucumbir ao mental é fundamental. claro que chega um momento em que seu físico já não atende mais, o que quer dizer que você não soube dosar muito bem o esforço – a faixa de trabalho está ali no _desconforto sustentável_: a boa e velha Z4.
voltando à velocidade… o que acontece é uma espécie de socialização do prejuízo, ou seja, todo mundo sofre por tabela. e essa é justamente a beleza da coisa: cannibal corpse no tablado tocando “make them suffer” e aquele festival de gravatas vermelhas penduradas, pouca conversa e muito sofrimento. (my happy place heheh!)
não é que eu seja sádico, mas acaba sendo inevitável. nunca é passeio, e raramente será. e me alegra o fato de que há desmiolados que também curtem essa abordagem. 😁
os números do dia: 4, 163, 34,7 e 9. de trás pra frente: 9 desmiolados, 34,7 km/h de média, 163 km percorridos e 4 furos.
agora é entrar numa banheira com gelo e fazer uma crioterapia de leve, porque a “moeção” foi total. no bate-papo pós-pedal só se ouve uma pergunta: “pra quê?” não faço a menor ideia. só sei que se não chover no sábado que vem, estaremos nos imolando nas rodovias mais uma vez.